"Amor Real" e as patacoadas de Silvio Santos
O que é que uma novela mexicana tem a ver com Silvio agora? Descubra lendo abaixo!
Esta foto, tendo como destaque o triângulo formado por Adela Noriega, Fernando Colunga e Mauricio Islas, serve para ilustrar um caso que completa o 12º episódio da novela-reality O SBT Faliu! E a ideia me foi dada por ninguém mais, ninguém menos que Êgon Bonfim. Explico depois a relação da novela Amor Real com as decisões mais torpes de Silvio Santos.
Uma produção à altura da lendária Gloria Magadan, Amor Real foi a melhor produção de época que passou pelas mãos de Carla Estrada, uma produtora de sucesso no México. Esta história é baseada numa radionovela de Caridad Bravo Adams chamada Bodas de Odio, que ganhou uma adaptação pra TV em 1983, escrita por María Zarattini, falecida ano passado.
Amor Real bombou no México, ficando a frente de sua principal rival, a TV Azteca, e Carla Estrada ficou tão animada que produziu mais duas de época, que já não deram tão certo: "Alvorada" (2005, comprada pelo SBT e na gaveta desde então) e "Paixão" (2007, exibida pela CNT em 2011). E o pior: as três eram escritas por María Zarattini e tinham Fernando Colunga como protagonista. Resultado: desgaste dele, da autora, das produções de época e da própria Carla.
As coisas só melhoraram depois dessa trilogia mal-fadada. Colunga voltou ao estrelato de fato em "Amanhã é Para Sempre" (2008, exibida primeiro na CNT e reprisada pelo SBT); Carla produziu depois "Sortilégio" (2009, exibida e reprisada pelo SBT), escrita também por Zarattini.
Mas em 2004, o SBT se aproveitava da renovação do contrato com a Televisa e de que Amor Real começou a ser reprisada à tarde uns três meses depois de seu final, tamanho foi o sucesso em solo mexicano. E Silvio Santos, que a essa altura do campeonato já havia reativado a operação "Grade Voadora", não se fez de rogado.
O caro Êgon bem lembrou no comentário que mandou na postagem anterior: "Silvio ficou insistindo que era boa na versão diária do Roda a Roda e ainda plagiou Paulo Maluf na campanha de Celso Pitta a prefeito de São Paulo em 96: "se você não gostar de Amor Real, não assista mais as novelas do SBT". Pelo visto a novela não foi lá essas coisas, mas "seu" público o desobedeceu".
Êgon tem razão. Amor Real passou em branco por aqui, assim como muitas outras novelas de sucesso no México, como Menina Amada Minha e a versão original de A Outra. A Outra devia ter uma versão brasileira protagonizada por Mel Lisboa, sempre lembrada pelo clássico Presença de Anita, de 2001. Seu par na história seria Cláudio Heinrich, que não estava tendo tanta chance como protagonista na Globo e tava apresentando o Globo Ecologia, que eu me lembro. "(...) já tinham sido gravados algumas cenas de passagem para as chamadas, vinhetas de abertura, testes de elenco, trilha-sonora gravada por Michael Sullivan (...)", relembra Êgon.
Mas como já é sabido, a versão de A Outra ia demandar muito custo pra ser produzida e então, "(...) quando veio a conta, SS ficou de cabelo em pé quando soube que orquidário seria feito para fazer parte da trama e como orquídea é uma espécie nobre da nossa rica fauna, mandou suspender tudo, engavetar a adaptação brasileira e mandar por no ar a versão mexicana". E o mais insólito: a trilha de abertura da versão original serviu de inspiração para a adaptação de Michael Sullivan, que a gravou junto com sua esposa Anayle. A versão embalou A Outra do mesmo jeito.
A sucessora de A Outra foi Seus Olhos, versão de La Gata, que demandava menos custo e, apesar de bem produzida (como alguns críticos frisaram), ficou na lembrança de pouquíssimas pessoas. Até onde se sabe, o resto é lenda.
Esta foto, tendo como destaque o triângulo formado por Adela Noriega, Fernando Colunga e Mauricio Islas, serve para ilustrar um caso que completa o 12º episódio da novela-reality O SBT Faliu! E a ideia me foi dada por ninguém mais, ninguém menos que Êgon Bonfim. Explico depois a relação da novela Amor Real com as decisões mais torpes de Silvio Santos.
Uma produção à altura da lendária Gloria Magadan, Amor Real foi a melhor produção de época que passou pelas mãos de Carla Estrada, uma produtora de sucesso no México. Esta história é baseada numa radionovela de Caridad Bravo Adams chamada Bodas de Odio, que ganhou uma adaptação pra TV em 1983, escrita por María Zarattini, falecida ano passado.
Amor Real bombou no México, ficando a frente de sua principal rival, a TV Azteca, e Carla Estrada ficou tão animada que produziu mais duas de época, que já não deram tão certo: "Alvorada" (2005, comprada pelo SBT e na gaveta desde então) e "Paixão" (2007, exibida pela CNT em 2011). E o pior: as três eram escritas por María Zarattini e tinham Fernando Colunga como protagonista. Resultado: desgaste dele, da autora, das produções de época e da própria Carla.
As coisas só melhoraram depois dessa trilogia mal-fadada. Colunga voltou ao estrelato de fato em "Amanhã é Para Sempre" (2008, exibida primeiro na CNT e reprisada pelo SBT); Carla produziu depois "Sortilégio" (2009, exibida e reprisada pelo SBT), escrita também por Zarattini.
Mas em 2004, o SBT se aproveitava da renovação do contrato com a Televisa e de que Amor Real começou a ser reprisada à tarde uns três meses depois de seu final, tamanho foi o sucesso em solo mexicano. E Silvio Santos, que a essa altura do campeonato já havia reativado a operação "Grade Voadora", não se fez de rogado.
O caro Êgon bem lembrou no comentário que mandou na postagem anterior: "Silvio ficou insistindo que era boa na versão diária do Roda a Roda e ainda plagiou Paulo Maluf na campanha de Celso Pitta a prefeito de São Paulo em 96: "se você não gostar de Amor Real, não assista mais as novelas do SBT". Pelo visto a novela não foi lá essas coisas, mas "seu" público o desobedeceu".
Êgon tem razão. Amor Real passou em branco por aqui, assim como muitas outras novelas de sucesso no México, como Menina Amada Minha e a versão original de A Outra. A Outra devia ter uma versão brasileira protagonizada por Mel Lisboa, sempre lembrada pelo clássico Presença de Anita, de 2001. Seu par na história seria Cláudio Heinrich, que não estava tendo tanta chance como protagonista na Globo e tava apresentando o Globo Ecologia, que eu me lembro. "(...) já tinham sido gravados algumas cenas de passagem para as chamadas, vinhetas de abertura, testes de elenco, trilha-sonora gravada por Michael Sullivan (...)", relembra Êgon.
Mas como já é sabido, a versão de A Outra ia demandar muito custo pra ser produzida e então, "(...) quando veio a conta, SS ficou de cabelo em pé quando soube que orquidário seria feito para fazer parte da trama e como orquídea é uma espécie nobre da nossa rica fauna, mandou suspender tudo, engavetar a adaptação brasileira e mandar por no ar a versão mexicana". E o mais insólito: a trilha de abertura da versão original serviu de inspiração para a adaptação de Michael Sullivan, que a gravou junto com sua esposa Anayle. A versão embalou A Outra do mesmo jeito.
A sucessora de A Outra foi Seus Olhos, versão de La Gata, que demandava menos custo e, apesar de bem produzida (como alguns críticos frisaram), ficou na lembrança de pouquíssimas pessoas. Até onde se sabe, o resto é lenda.
Correção: "(...) orquídea é uma espécie nobre da nossa rica FLORA (...). Troquei flora por fauna, que gafe, meu Deus! E sobre o Cláudio Henirich, conforme relatei no meu blog, ele foi apenas convidado e abordado pelo SBT para fazer o papel do médico em "A Outra", mas resolveu permanecer firme no comando do "Globo Ecologia". E tem mais: a tal trama teve apenas dois meses de pré-produção no Brasil e quando os diretores trataram de procurar um outro ator para fazer par romântico com a Melzinha, veio o Abravanel (como sempre em forma de memorando) e mandou abortar tudo, para não escrever "engavetar o projeto".
ResponderExcluirNão se preocupe com isso, Êgon! Errar é humano. | E quanto ao Sr. Abravanel, não se podia esperar mais dele. Ou a decisão é comunicada por memorando ou por e-mail ou por WhatsApp, que eu não acredito que ele não tenha.
ResponderExcluirPara Silvio e "seu" público, só existem 5 meios de comunicação: rádio, televisão, jornais, revistas e telefone comum. Por causa da opinião de uma pessoa (e que ainda tem a cara de pau de todo mundo o levar a sério, seja por brincadeira ou não), internet é "artigo de luxo" (pra quê usar Netflix, instalar aplicativo no Smart-Phone e ter conteúdos on-demand se o telefone ainda é o máximo para se ter interatividade com o público). Mas porque os tais SBTistas das redes sociais precisam dela? Quanta contradição! Obedecem seu "patrão", mas por outro lado são "avançadinhos" demais.
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