"Amor de Mãe" é o mais recente fracasso das nove
Só quem é alienado pra não perceber isso
Em 1977, o saudosíssimo Artur da Távola, um colunista badalado da falecida revista Amiga que mais tarde virou político, discorria sobre o final de uma novela chamada Nina, da qual a única coisa que todos se lembram era de que Regina Duarte era a protagonista-título da história. Disse Artur: "O balanço de Nina, que agora chega ao fim, nos defronta com um dos mais estranhos fenômenos da televisão brasileira: uma novela com primorosa e qualificada produção; com um elenco notável, inclusive com a volta de Regina Duarte; com uma história muito boa, mas uma novela que não conseguiu atrair o espectador médio (...) em seis meses de exibição".
Algo semelhante vem ocorrendo com Amor de Mãe. A novela, para os críticos, conseguiu trazer a qualidade ao horário das nove, fazendo assim com que os mesmos críticos a banhem com uma enxurrada de elogios. Porém, para o povão, Amor de Mãe se transformou em uma nova O Sétimo Guardião. A única diferença entre as duas é que, em O Sétimo Guardião, os escândalos tiveram mais audiência que a própria novela em si, onde Aguinaldo Silva não soube extrair de si mesmo o realismo fantástico que outrora o havia consagrado.
Agora, Amor de Mãe tinha tudo pra dar certo, certo? Errado! Eu disse aqui e repito: o povão odeia novelas que sejam um escopo da vida real, e ainda por cima depois do Jornal Nacional que, convenhamos, é uma Amor de Mãe mais bem elaborada, pois não precisa da mão de Manuela Dias para manter o padrão que o consagra há 50 anos: ser um escopo da vida real.
Muitos críticos vão dizer: "Ah, mas a autora não tem culpa". Olha, se tem uma coisa que o povão não concorda é isso. Walcyr Carrasco, o antecessor, foi amplamente massacrado pelos críticos, já que A Dona do Pedaço foi para os mesmos um arremedo de outras histórias que já o consagraram no passado. Para desespero dos críticos, A Dona terminou com uma audiência esmagadora, que Amor de Mãe não está sendo (e nem será) capaz de repetir.
O povão gosta do escapismo, do mais do mesmo (obrigado José Armando Vannucci). Foi esse método que consagrou Janete Clair em Irmãos Coragem ou Ivani Ribeiro em Mulheres de Areia, ou mais recentemente a dupla Rosane Svartman e Paulo Halm em Totalmente Demais e Bom Sucesso (que tem um pouco de vida real, mas é escapista). Aliás, cabe aqui destacar: se os clichês fossem tão ruins nas novelas brasileiras, o povão não as assistiria. Então, se Manuela quisesse ver sua Amor de Mãe fazer sucesso, abriria mão de seu método que foi infalível às 23h.
Outro exemplo disso: Segunda Chamada e Carcereiros. Dois escopos da vida real mas que, graças a Deus, não são exibidos todo dia. Foi um erro grotesco trocarem um produto tão pesado como Segunda Chamada de horário, sendo exibido imediatamente após A Dona do Pedaço, que embora os críticos não concordem foi uma novela fresca, e por isso era melhor ter deixado Filhos da Pátria às 22h20. Se esta não teve uma boa audiência, culpa da falta de estratégia da Globo. Boni faz muita falta mesmo por lá.
Em 1977, o saudosíssimo Artur da Távola, um colunista badalado da falecida revista Amiga que mais tarde virou político, discorria sobre o final de uma novela chamada Nina, da qual a única coisa que todos se lembram era de que Regina Duarte era a protagonista-título da história. Disse Artur: "O balanço de Nina, que agora chega ao fim, nos defronta com um dos mais estranhos fenômenos da televisão brasileira: uma novela com primorosa e qualificada produção; com um elenco notável, inclusive com a volta de Regina Duarte; com uma história muito boa, mas uma novela que não conseguiu atrair o espectador médio (...) em seis meses de exibição".
Algo semelhante vem ocorrendo com Amor de Mãe. A novela, para os críticos, conseguiu trazer a qualidade ao horário das nove, fazendo assim com que os mesmos críticos a banhem com uma enxurrada de elogios. Porém, para o povão, Amor de Mãe se transformou em uma nova O Sétimo Guardião. A única diferença entre as duas é que, em O Sétimo Guardião, os escândalos tiveram mais audiência que a própria novela em si, onde Aguinaldo Silva não soube extrair de si mesmo o realismo fantástico que outrora o havia consagrado.
Agora, Amor de Mãe tinha tudo pra dar certo, certo? Errado! Eu disse aqui e repito: o povão odeia novelas que sejam um escopo da vida real, e ainda por cima depois do Jornal Nacional que, convenhamos, é uma Amor de Mãe mais bem elaborada, pois não precisa da mão de Manuela Dias para manter o padrão que o consagra há 50 anos: ser um escopo da vida real.
Muitos críticos vão dizer: "Ah, mas a autora não tem culpa". Olha, se tem uma coisa que o povão não concorda é isso. Walcyr Carrasco, o antecessor, foi amplamente massacrado pelos críticos, já que A Dona do Pedaço foi para os mesmos um arremedo de outras histórias que já o consagraram no passado. Para desespero dos críticos, A Dona terminou com uma audiência esmagadora, que Amor de Mãe não está sendo (e nem será) capaz de repetir.
O povão gosta do escapismo, do mais do mesmo (obrigado José Armando Vannucci). Foi esse método que consagrou Janete Clair em Irmãos Coragem ou Ivani Ribeiro em Mulheres de Areia, ou mais recentemente a dupla Rosane Svartman e Paulo Halm em Totalmente Demais e Bom Sucesso (que tem um pouco de vida real, mas é escapista). Aliás, cabe aqui destacar: se os clichês fossem tão ruins nas novelas brasileiras, o povão não as assistiria. Então, se Manuela quisesse ver sua Amor de Mãe fazer sucesso, abriria mão de seu método que foi infalível às 23h.
Outro exemplo disso: Segunda Chamada e Carcereiros. Dois escopos da vida real mas que, graças a Deus, não são exibidos todo dia. Foi um erro grotesco trocarem um produto tão pesado como Segunda Chamada de horário, sendo exibido imediatamente após A Dona do Pedaço, que embora os críticos não concordem foi uma novela fresca, e por isso era melhor ter deixado Filhos da Pátria às 22h20. Se esta não teve uma boa audiência, culpa da falta de estratégia da Globo. Boni faz muita falta mesmo por lá.
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