Viva Dona Lola!
A razão da existência de Éramos Seis
Que Glória Pires é uma das maiores atrizes da televisão nacional, ninguém discorda. Principalmente depois do capítulo de ontem, sábado 08, de Éramos Seis. Eu vi alguns trechos na internet das versões de 1977 e 1994, com as primeiras atrizes Nicette Bruno e Irene Ravache na pele de Dona Lola. Mas nenhuma delas me fez ter tanta vontade de chorar junto com a personagem como Glória.
A entrega visceral de atrizes como Glória nos personagens que fazem com que a gente se sinta parte da família fictícia. Neste caso, porém, é inegável que se não fosse por ela, a atual versão de Éramos Seis não teria tanta repercussão assim. A audiência em São Paulo, infelizmente, não corresponde (visto que a versão do SBT tinha metade dos pontos que a Globo tem hoje no horário, 22 de média).
Uma pena. Afinal, Éramos Seis está sendo a melhor trama da televisão na atualidade. Salve-Se Quem Puder é uma versão adulta de Chiquititas, só que sem o orfanato. Amor de Mãe eu já disse que não ia engrenar (só conseguiu os 30 pontos agora).
E a concorrência também não ajuda: Ouro Verde é uma novela portuguesa empolgante, mas em horário e canal errados. Poliana... bom, é a mesma de sempre.
Contrariando as expectativas, Amor Sem Igual é a única novela realmente boa off-Globo. Consegue na audiência o que sua supervisora, Cristiane Cardoso, e seu marido, o Bispo Renato, não conseguem nem na repercussão de seu Love School.
Mas agora não é a hora de falarmos de RecordTV, e sim da Dona Lola de Glória Pires. Eu vi nela a minha mãe. Uma mulher batalhadora, que sofreu todas as calamidades que pode sofrer um ser humano (obrigado Sr. Barriga), que perde o marido, o filho mais comportado e chora quando tem que chorar. Como ela, nós choramos também por vários motivos. Não apenas pelas perdas. E a emoção atinge até quem não conseguia chorar até pouco tempo atrás, como eu.
Globo, muito obrigado. Vocês acertaram onde achamos que iriam errar. Continuem assim, com tramas de qualidade como o remake de Éramos Seis, e tentem evitar ao máximo porcarias como Salve-Se Quem Puder e tramas em épocas erradas como Amor de Mãe. Aliás, vale um trocadilho: Globo, o verdadeiro Amor de Mãe só é retratado em Éramos Seis.
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