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Mostrando postagens de novembro, 2019

Prefiro esperar por "Amor Sem Igual"

Amor de Mãe estreia: público (das redes sociais) e crítica aplaudem e audiência corresponde Não se pode julgar o livro pela capa. Ou seja, se o povão assistiu (e gostou) de Amor de Mãe  não quer dizer que esta novela seja um sucesso. Até porque é só verem o artigo que escrevi sobre o fim de sua antecessora, A Dona do Pedaço . Parece que Manuela Dias e José Luiz Villamarim cumpriram o que prometeram. Um escopo da vida real. O que foi trágico este primeiro capítulo, hein?! E pior: depois de uma trama densa e pesada como essa, exibiram Mulher Maravilha  na Tela Quente, um filmaço, diga-se de passagem. Trágico, sim, mas fictício. O escapismo da heroína destoou um pouco do Jornal Nacional  transformado em novela. E eu digo e repito: só porque o início foi um êxito, não quer dizer que vá dar certo. Até porque Brasil Urgente , Cidade Alerta , Primeiro Impacto  e outros tantos noticiosos, sensacionalistas ou não, estão aí para saciar a curiosidade do povão, pois se alimentam de tragédias

O bairrismo no esporte da RPC desrespeita o telespectador

Rede de emissoras afiliada à Globo no Paraná, RPC aplica um bairrismo maior que as outras no esporte Diferente de outras matérias, não vou pôr o logo da RPC aqui. Não por questões de direitos autorais. É por vergonha mesmo. Era hoje, domingo, 24 de novembro de 2019, às 16:17, quando resolvi desligar o computador para assistir o confronto entre Palmeiras x Grêmio, que pode dar ou não a taça ao Flamengo nesta rodada, sem precisar jogar. Afinal, o jogo flamenguista que correspondia à essa rodada foi realizado duas semanas atrás: o empate em 4x4 contra o Vasco. E nós, flamenguistas, devíamos assistir para secar o Palmeiras. Mas ao ligar a TV na RPC, tomo um susto e me encho de raiva: a pelada que estava passando era entre Coritiba x Bragantino, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Em rede estadual! E olha que por mais que o Coritiba ganhe hoje, não subirá pra Série A nesta rodada. O bairrismo que atinge as emissoras da Rede Globo ganha mais força em se tratando de RPC. Afinal, o G

Ininteligível

Recém-encerrada , A Dona do Pedaço foi massacrada pela crítica, mas aplaudida pelo público. Deu pra entender? Que as opiniões dos críticos de televisão não batem com a audiência registrada de algumas atrações, eu já tava careca de saber. Aliás, este clichê mediático teve ainda mais peso desde o primeiro capítulo de A Dona do Pedaço , e continuou tendo peso ontem, dia do grand finale de mais uma receita de sucesso do professor Walcyr Carrasco.  Embora a audiência ontem fosse ofuscada pela fatídica partida de Gugu, a Dona  teve a mesma fórmula de outras escritas por Walcyr, como O Outro Lado do Paraíso  e Êta Mundo Bom! , última escrita por ele às 18h. Pois bem, minha mãe sempre diz, num português claríssimo, que toda novela boa que se preze deixa o último capítulo uma merda. Para os críticos, porém, esta história, especificamente, foi uma merda do começo ao fim. Mas vai dizer isso pra quem gostou da história.  O povão aplaudiu de pé mais este incomensurável trabalho de Walcyr, que a

VAI-SE O HOMEM, FICA O MITO: Gugu

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Nos restam as saudosas lembranças de domingos alegres que terminaram em uma triste sexta-feira A tristeza é geral, amigos. Embora eu tenha tomado esta foto de uma página salva do blog de Êgon Bonfim, não significa que ele tenha que brigar comigo por isso. Afinal de contas, estamos ligados à história recente da TV por este animador acima, que tomou nossa sexta de surpresa com o funesto anúncio de sua partida, aos 60 anos de idade e 45 de carreira. Ele também fez parte da minha vida, assim como da de milhões de brasileiros. Não acompanhei, infelizmente, o Viva a Noite , extinto no início de 1992, nem a etapa inicial do Sabadão Sertanejo , que levava a sério o nome até a extinção do Viva a Noite . É que eu nasci em agosto de 1996. Então acompanhei, ainda que muito pequeno, a transição para o Sabadão , excluindo-se a palavra sertanejo do nome do programa e a fase áurea do Domingo Legal  sob seu comando. Quando eu tinha sete anos, aconteceu o escândalo PCC. Eu tinha 13 anos

Dois pilares

Seria o começo do fim da geração de ouro da nossa infância? Quem tem 60 anos ou mais, talvez se lembre dos primórdios de Galvão Bueno na TV Gazeta em São Paulo, acompanhando-o depois pela Band do Rio (entre 1977 e 1981). Da Band foi um salto à Rede Globo. A primeira passagem durou até 1992, quando ele foi contratado pela falecida Rede OM para ser diretor de esportes e narrador principal da casa. A experiência deu certo, mas como a OM não iria subsistir até o ano seguinte, Galvão voltou para a Globo, onde está até hoje. Mas quem acompanha o trajeto da equipe global até Lima para cobrir a batalha campal entre River Plate x Flamengo, a ser realizada no sábado, já se preocupa. Galvão foi internado no Hospital Anglo-Americano às pressas para a realização de um cateterismo. Justo ele, um flamenguista roxo acostumado a fortes emoções tanto do nosso Mengão quanto da Seleção Brasileira. Segundo os últimos boletins médicos, ele está bem, mas vai ficar em observação entre 24 e 48 horas. Por i

Ali Kamel: Seguiremos fazendo jornalismo

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Este blog volta a ceder espaço a  Ali Kamel , o chefão do jornalismo global . Desta feita, ele soltou uma nota explicando pacientemente o trabalho da Rede Globo na reportagem sobre o Caso Marielle, ao qual Bolsonaro foi ligado falsamente. E faço questão de reproduzir esta nota, até porque o TVer Ou Não TVer   se posiciona contra essas ameaças totalitárias (que vem tanto da esquerda quanto da direita) que só fazem fortalecer a Rede Globo de Televisão e o seu jornalismo verdadeiramente isento. Mais uma vez, fique à vontade, Dr. Kamel. Prólogo: peço encarecidamente desculpas ao Dr. Kamel se acaso eu estiver infringindo qualquer lei em respeito à reprodução dessa nota. Minha intenção é a mesma que a sua: apurar os fatos e levar a verdade aos leitores deste despretensioso blog. Há momentos em nossa vida de jornalistas em que devemos parar para celebrar nossos êxitos. Eu me refiro à semana passada, quando um cuidadoso trabalho da editoria Rio levou ao ar no Jornal Nacional uma r

Época de fogo da TV brasileira: quando vai acabar? (Parte II)

Não quero dar uma de Nostradamus agora pra quebrar a cara depois. Mas vou dizer a vocês o que pode acontecer a partir de 15 de janeiro de 2020, data-limite para o fim da conturbada época de fogo da televisão nacional. Ou seja, imaginemos que já estamos em 1º de janeiro. •   RedeTV Uma das herdeiras da Rede Tupi e herdeira direta da Rede Manchete, a RedeTV vai ter o mesmo fim das duas. Afinal, as decisões equivocadas da dupla Dallevo-Carvalho estão levando-a à ruína, do mesmo jeito que a Manchete, que a bem da verdade só viveu de crise, apesar de êxitos como Pantanal , Dona Beija  e (por quê não?!) Os Cavaleiros do Zodíaco . Mas, diferente da falecida Manchete, a RedeTV não tem pulso pra manter uma grade de programação forte. Então, apesar das reações em termos de audiência de alguns programas, podem se preparar que a RedeTV não chega até maio. E no lugar vai vir uma nova rede grande de TV. Essa sim pode ser uma ameaça real pra Band. •   Band Com o fim anunciado da RedeTV, a Band

Época de fogo da TV brasileira: quando vai acabar? (Parte I)

Pois bem, meus amigos. Na satisfação de um dever outrora cumprido, venho dizer-lhes: vai acabar a época de fogo da televisão nacional. Eu disse em 2014 que ela começaria, mas não disse quando, como ou porque acabaria (vide artigo " CONFISSÕES: Previsões televisivas (não-astrais) ", no blog Variante ). Pelo menos não que eu me lembre. Se não disse antes, é porque a hora de dizer como, quando e porque acabaria a famigerada época de fogo não havia chegado. Mas chegou. E é hoje. Antes, porém, é necessária uma análise geral. Há três emissoras grandes (SBT, RecordTV e Globo) e duas medianas com aparência de rede grande (RedeTV e Band). De todas as citadas, a única que teve um crescimento real em audiência e faturamento foi a Globo. O plano de contenção de gastos da Rede Globo remodelou os contratos a longo prazo de atores e atrizes (muitos agora contratados por obra), cortou boa parte dos privilégios de alguns medalhões e até William Bonner saiu da condição de pessoa jurídica p