RedeTV: o exército de um dono só
Um sócio quer morar fora… o outro comprou a parte dele! Mas e na prática?
2025 ainda não acabou e, vejam só, a RedeTV teve uma importante mudança em seu quadro societário. Marcelo de Carvalho, animador por acidente, resolveu vender seus 30% para Amilcare Dallevo, depois de quase 13 anos tentando negociar sua parte pro sócio. Segundo o comunicado dirigido à imprensa especializada, Marcelo vai continuar tocando sua vida investindo “(…) no setor imobiliário (…)” e deseja residir na Itália, segundo Flávio Ricco. Midiático, Marcelo queimou por diversas vezes a imagem da emissora da qual era sócio com seu posicionamento político fixado à direita bolsonarista, levando em conta que todo canal de TV que se preze necessita de verba do governo pra sobreviver. A menos que seja a Rede Globo… aí o puxa-saquismo é gratuito.
O que eu não compreendi no comunicado é que a RedeTV alegou que iria investir em formatos inovadores. Ora, inovador seria se a empresa se livrasse da dependência tóxica da Igreja Universal, da Igreja da Graça e de outras seitas que não ajudam em nada na audiência. Aliás… seria de bom tom se a RedeTV quebrasse os contratos com essas seitas e pagasse multa. Ia ser doloroso para alguns setores, mas pelo menos neste blog a emissora iria se livrar da pecha de fábrica de encher linguiças.
Audiência é fundamental, e o faturamento é consequência da boa audiência, seja na TV aberta, seja no digital. Emissora que não entende isso é fadada ao fracasso. E a RedeTV entendia isso por algum tempo. O chato é que esse pensamento não durou muito e, arreganhando-se para os cunhados Edir e RR, hoje a emissora vive no traço. Até a Sônia Abrão luta pra conseguir 1 ponto de média com seu A Tarde é Sua, que está ensanduichado entre dois horários alugados pela IURD. Nem o Datena conseguiu superar essa barreira.
Portanto, não vai adiantar nada o Amilcare ter comprado a parte do sócio se a RedeTV continuar se apresentando ao público como se seu nome jurídico fosse Frigorífico Dallevo Ltda.
