O SBT FALIU [51º capítulo]: “O CEO Indomável”
Pois então… e eu e vocês achando que a novela iria acabar por falta de conteúdo! Ora, quem diria: lá vem mais um capítulo da sua novela-reality…
Ao que parece, o pastor Rinaldi Faria, homem de confiança da Sra. Beyruti (eu sei que ela não usa mais esse sobrenome, mas eu continuarei usando-o porque assim ela era identificada antes), tem uma espécie de fixação no passado e no jornalismo sensacionalista. Já não é mais saudosismo ou admiração, é sandice.
Após cancelar um capítulo da enésima reprise de Maria do Bairro para esticar o Alô, Você de Luiz Bacci e acelerar a edição de Coração Indomável (cuja atual reprise é exibida apenas em São Paulo), o Twitter explodiu: a revolta foi tamanha que os inúmeros fãs (e fanáticos) das novelas mexicanas desistiram de vez do Sistema. A desconfiança se transformou em revolta devido à quebra de padrões. O próprio Chaves, outrora curinga da audiência, foi limado de vez da grade por “queimar o filme” da emissora. Vejam que ironia: o saudoso Silvio Santos, a quem o pastor diz admirar, apostou nas novelas mexicanas em 1982 (quando Os Ricos Também Choram estreou) e no Chaves em 1984. Ambos deram certo e se transformaram no retrato do SBT. Um não vive sem os outros dois. E o pastor não entende isso.
Além disso, Celso Portiolli cobrou mais investimentos no Domingo Legal, mesmo Rinaldi tendo defendido com unhas e dentes um corte de até R$ 300 milhões em gastos, e Ratinho ficou puto por ter sido avisado em meio a uma pescaria e em cima da hora que seu programa seria transmitido mais cedo por causa do The Voice. Até Fernando Pelégio, ex-funcionário da chefia, postou nas redes sociais que “há um desrespeito imenso por aqueles que entregam mais resultados na emissora”, comentário curtido por Danilo Gentili, outro que vem desde 2023 sofrendo cortes e baixas em seu The Noite.
Ou seja, os alvos das críticas, não apenas internas como também externas, são três: o pastor Rinaldi, a Sra. Beyruti e o diretor de Programação, Mauro Lissoni. A Sra. Beyruti, segundo alguns funcionários da Anhanguera, além de se afastar das decisões do Sistema pra se dedicar a vender a figura de seu saudoso pai em forma de produtos, está “mal assessorada”. Mas eu já havia cantado esta pedra aqui. Ela, há muito tempo, está mal assessorada, tanto laboral quanto espiritualmente. E sobre o pastor Rinaldi, a gestão é tipo uma “ditadura militar”, na qual só aqueles que sejam incondicionalmente leais a ele são mantidos, o que poderia acarretar em um rompimento feroz com Ratinho (o qual dizem que é impossível, mas em se tratando da nova gestão, não duvido), vide que os “desagradáveis”, ou seja, os que estão na lista de indesejáveis do pastor poderiam ser trocados por aqueles que ele quiser.
Tanto é verdade que agora a cúpula planeja a volta do Viva a Noite, agora sob o comando do incansável Luis Ricardo e de João Augusto Liberato, e uma nova temporada da Porta dos Desesperados. Sobre essas duas voltas, explico: Liminha e Sérgio Mallandro deram com a língua nos dentes no podcast deste último, em edições diferentes. Em relação à Porta, o apresentador disse que “eles só estão vendo qual é o melhor dia, qual é o melhor horário”. E como a diretoria gostou do retorno da Porta, o dia vai ser o sábado, mas eu sei qual o melhor horário: no lugar da primeira edição do SBT Notícias. E quanto ao novo revival do Viva a Noite, poderia ser também no sábado, só que no lugar do Bake Off, que só faz hora extra na programação (ué, se tá afundando, eu dou minha contribuição pra terminar de afundar, né?)
Obviamente, a Assessoria de Imprensa do Sistema nega que haja quaisquer tipos de problema, dizendo por notas que tudo segue normal, que não há ninguém insatisfeito, que o Ratinho e o Celso não reclamaram… mas contra fatos não há argumentos nem notas. Portanto, se o pastor, a Sra. Beyruti e Lissoni querem realmente estragar a imagem do SBT, que pelo menos mudem o nome da emissora. Afinal, esse não é mais o Sistema Brasileiro de Televisão que o lugar-tenente da Anhanguera inaugurou em 19 de agosto de 1981.