Melhores do Ano? Será mesmo?

O nosso TVer Ou Não TVer, dessa vez, não quer ser excluído dessa liça que se aproxima. A Rede Globo só nos ouve quando já não lhes interessa mais. Eis que a estatueta abaixo, esse ano, não merece ser titulada Melhores do Ano e sim rotulada de Melhores de Segundo Sol.
Redijo este artigo de hoje baseado, mais uma vez, em Danyllo Júnior, do TV Foco. Não que eu seja plagiador (o que de fato não sou), mas admiro o trabalho do colunista. Porém, talvez discordamos em alguns pontos a serem apresentados aqui.

Às vezes, chegam a ser louváveis algumas indicações, mas jogar um fracasso das nove que só se ergue de fato na última semana é totalmente burrice. Bem, se levarmos em conta que O Outro Lado do Paraíso, sua antecessora, teve médias bem altas desde o 2º mês de exibição apesar dos mesmos motivos que hoje levam Segundo Sol a médias de 40 apenas agora, perto do fim, é uma baita covardia que novelas de outros horários que mereciam realmente serem lembradas pelos milhares de funcionários globais pelo mundo afora sejam esquecidas.

Parece que não pesou também o célebre fracasso de uma novela que só agora chega a ser lembrada. Deus Salve o Rei, ainda que tenha uma base de fanáticos tão forte quanto a de Segundo Sol, teve lá suas indicações, mas infelizmente esqueceu-se do único motivo que fez muita gente assisti-la: sim, falo de Selena, personagem de Marina Moschen, que deu tudo de si para personificar a arqueira e nem como atriz coadjuvante foi indicada.

Agora, o que não se pode perdoar de jeito nenhum é a ausência de novelas frescas e autênticas que, embora não tenham um número excelentíssimo de pontos de audiência, foram as melhores novelas do ano, isso desde o fim da trama de Walcyr Carrasco: Orgulho e Paixão e O Tempo Não Para (essa última ainda em exibição) sequer foram citadas ou tiveram alguma indicação.

Passemos, então, às demais categorias que não envolvam novelas diretamente. Falemos de séries. Ou superséries, como queiram. Onde Nascem Os Fortes, se competisse nas categorias certas, teria pelo menos 3 estatuetas. Mas insistem em colocá-la com as séries. Nesse caso, Sob Pressão faz falta. Apesar da temporada nova ter sido estreada depois do 2º turno da eleição, continua impressionando do mesmo jeito que na estreia.

A comédia global só passa a níveis mais significativos se, com o perdão do infame trocadilho, o Tá No Ar estiver no ar mesmo. Tanto que os três nomes presentes são do citado programa. No jornalismo, por sua vez, faz falta Renata Lo Prete, que antes das Eleições foi tão criticada pelo modo robótico de apresentar o Jornal da Globo e agora poderia ganhar sua 1ª estatueta.

As três categorias relacionadas à música carecem de falta de memória. Entre os homens, Luan Santana foi lembrado de novo, talvez pelo sucesso do projeto Live-Móvel, mas pelo trabalho mais expoente que seu rival, Gusttavo Lima pode muito bem abocanhar o prêmio. O que não entendi foi a escalação de Ferrugem. É um excelente cantor, porém poderia ser encaixado em uma categoria como artista revelação.

Já entre as mulheres, é esquisita a indicação de Ivete Sangalo, que não teve, diferente dos anos anteriores, um período de destaque com projetos inéditos. Talvez aí tenham se lembrado de O Tempo Não Para, já que ela atendeu ao "Toca Raul!" de várias pessoas. Porém, não entregaria à Anitta de jeito nenhum o prêmio esse ano. Nada a ver com gosto, mas por acreditar que a entrega dela foi maior no exterior que no Brasil, diferente de Iza, que se entregou de corpo e alma à música e tem mostrado letras contundentes. Isso, porém, não a impediria de estar no mesmo lugar de Ferrugem, como artista revelação.

Iza poderia também ter sido encaixada na Música do Ano, já que ninguém se esquece do "Pesadão" que embalou praticamente todo o Brasil e ainda embala. Isto é, os funcionários globais esqueceram, afinal, indicaram "Largado às Traças", de Zé Neto & Cristiano (música boa, dupla boa, mas sem força pra ganhar), "Meu Abrigo", do Melim (idem) e "O Sol", de Vitor Kley (ibidem).

E quanto à personagem do ano, há de se fazer justiça aí pelo menos, as três indicadas merecem a estatueta. Mas a ganhadora poderia ser Fernanda Montenegro. Sua Mercedes foi praticamente diferente de todas as outras personagens que interpretou, diferente do velho e enjoativo estereótipo "rica, poderosa e vilã". Taí Bia Falcão que não nos deixa mentir.

Bem, esta é a minha opinião quanto aos "Melhores do Ano", que foram ou mal escolhidos ou mal encaixados, injustiçando alguns esquecidos. Se querem expôr suas opiniões quanto às categorias, criem seu próprio blog.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

OPINIÃO: O padrão RedeTV de qualidade

O patamar atual da TV aberta brasileira

Canal 21 exorciza a IURD; Globo mantém reprises às duas e meia