O SBT FALIU [39° capítulo]: "Quem é Que Manda?"

Êta semana complicada, viu? Pois hoje, mais uma vez, o TVer Ou Não TVer traz à tona as verdades sobre o Sistema em mais um eletrizante capítulo da sua novela-reality...
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Patrocínio: Panificadora Massa Cinzenta. Pães recheados com cimento fresquinho. 😀😁😂😅
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Que Daniela Beyruti é a atual mandatária da Anhanguera, isso nós já sabemos. Pelo menos, na teoria, ela é a Presidente do Sistema. Também na teoria, a acompanham:
  • Fernando Fischer como COO (diretor de operações; lê-se "cu", sem zoeira);
  • Marcelo Sassatani como CFO (diretor financeiro; pronuncia-se "si-éf-ou" ou "sifu", a depender do seu nível de inglês);
  • Leon Abravanel como diretor de produção, sendo chefe direto de Mauro Lissoni, diretor de programação, e Carol Gazal, diretora de produções (ué, peraí... dois diretores de produção no mesmo setor?);
  • Vicente Varela como diretor de Operações Comerciais e Inteligência de Mercado (ou seja, ele vai ser o Homero Icaza Sánchez do SBT, embora sem ter o apelido de "Bruxo", por enquanto);
  • Alfonso Aurin como Superintendente de Distribuição, Tecnologia & Serviços.
Porém, de todos esses nomes citados, nenhum deles tem poder de comando. Nem mesmo a própria Daniela. Isso porque, em reunião com os representantes das mais de 114 afiliadas do Sistema na terça-feira 12, elas impuseram sua vontade de permanecer estragando as decisões da geradora.

Explico: Mauro Lissoni teria, na terça-feira 05, mandado um e-mail às afiliadas explicando as mudanças que iriam acontecer já a partir da próxima segunda-feira, dia 18, dia no qual o malfadado Tá Na Hora perderia metade + 15 minutos de sua atual cronometragem para a volta definitiva do Chaves, além de adiantar A Caverna Encantada para 19h45, jogar o SBT Brasil pra disputar contra o Jornal Nacional, adiantar o Programa do Ratinho para 21h45 e a faixa nobre para 22h45, adiantando também as atrações a seguir e cancelando de uma vez por todas a reprise da "interminááááááável" Poliana.

Sim, iriam, futuro do pretérito. Vejam como um momento muda tudo: na reunião em questão, as afiliadas bateram o pé, impuseram sua vontade em manter suas edições locais do Tá Na Hora às 18h30, antes do SBT Brasil e, na manhã da mesma terça-feira 12, foi mandado outro e-mail, cancelando todo o planejamento de Mauro Lissoni e jogando por terra qualquer sinal de avanço na grade.

Por ora, a programação contará com apenas três mudanças, duas das quais envolvendo o combalido Chega Mais. A primeira: o Primeiro Impacto perde meia-hora, adiantando a edição nacional do Chega Mais para 09h e devolvendo os 15 minutos que as afiliadas perderam com o planejamento executado por Daniela no meio do ano. A segunda, e talvez a mais bombástica: Márcia Dantas passará a apresentar o Chega Mais Notícias, edição paulista do programa supracitado, enquanto Michelle Barros continuará ao lado de Paulo Mathias na versão nacional do programa.

A outra das três mudanças já era até esperada, vide o fraco desempenho nas madrugadas por causa da ideia hoje estapafúrdia de reproduzir na TV alguns dos podcasts mais visados da internet. O SBT News Na TV, desde ontem, quinta-feira 14, já não está mais no ar, e foi substituído por uma sessão que visa reprisar atrações antigas do sistema. Só que, por trás da extinção do jornalístico, está uma das piores notícias que poderíamos imaginar: mais de 400 pessoas perderam o emprego. Até o fim de novembro, todos os setores da emissora, sem exceção alguma, terão baixas, vide que o intuito de tamanha estratégia kamikaze é evitar, a qualquer custo, um prejuízo de R$ 100 milhões no fim do ano. Absolutamente todas as produções do Sistema sofreram cortes de 20% em seu orçamento total. Um dos nomes que entrou no facão foi o de Kallyna Sabino, jornalista competente que, pela terceira vez, foi demitida pelo SBT.

Em matéria publicada pelo tendencioso TV Pop, "(...) No próximo ano, a emissora implantará uma série de medidas de austeridade até mesmo em programas superavitários. Diversas produções já foram alertadas de que o futuro do SBT envolverá a gravação de diversas edições de um mesmo programa em apenas um dia, com o intuito de minimizar os custos de montagem e desmontagem de estúdios, além da diminuição dos gastos de horas extras e hospedagem de convidados. Formatos que atualmente contam com gravações em três ou quatro dias da semana, por exemplo, vão precisar concentrar todos os trabalhos em um só dia."

Mesmo com todos estes contratempos, o Sistema vai, finalmente, lançar o natimorto Eita, Lucas! A estreia está prevista pro ano que vem, no Dia Internacional da Mulher, ocupando o lugar da primeira sessão do Cinema Em Casa.

Porém, este capítulo de hoje não pode terminar sem antes mandarmos um recado à cúpula do Sistema, em especial a Mauro Lissoni.
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Caro Lissoni, venhamos e convenhamos: você perdeu o poder de reclamar quando saiu da Rede Massa. Agora você está na pele de Murilo Braga. Portanto, dê às afiliadas o que elas querem. Só que eu posso ajudá-lo a quebrar estes padrões.

Eles querem mais tempo pra produções locais, não é? Pois bem: no 3º episódio da série GBT (Gian Brincando de Televisão) vou abordar o que você, Lissoni, pode fazer para evitar novos atritos com as afiliadas. O que eles querem é guerra, e você vai ter que lutar.
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Por enquanto, aguardemos os próximos capítulos.

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