O SBT FALIU [42° capítulo]: "Big Sistema Brasil"
Pois é, meus amigos. Parece que as coisas estão finalmente andando. Ou será que não (já diria o célebre Guilherme Briggs dublando o Cosmo d’Os Padrinhos Mágicos)? Bom, vejamos o que se passa dentro das estruturas da Anhanguera em mais um grande capítulo da sua novela-reality…
==============
Patrocínio: Armazém da Televisão. R. José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, 1951, núcleo Boninho. 😂😂😂😂😂😂
==============
Ao que tudo indica, Boninho poderá assumir a direção artística do SBT. Não é meme nem certeza (porque ninguém confirmou nem oficialmente nem extraoficialmente), mas a revolução que ele já começou a fazer nos estúdios do CDT da Anhanguera me parece um bom indicativo de que o acordo que ele tem com a emissora é muito mais que uma parceria ou sociedade com sua produtora.
Primeiro, o facão cantou em cima de Lucas Gentil, um dos mentores de Daniela no comando da casa. Isto porque ele não contribuiu em absolutamente nada com o projeto de programação que ela ainda tem em mente, visto que, não é demais relembrar, a única atração que deu certo na nova grade foi o programa da Virgínia. Só. E mais ainda: reclamava de coisas triviais com os diretores dos programas quando eles estavam ocupados com temas mais sérios. A chegada do empresário Rinaldi Faria para o cargo de consultor e sua maior participação nos rumos da grade também foi um dos fatores.
Segundo que, segundo Flávio Ricco, ex-R7 e hoje colunista do site do ChernoLéo Dias, o Estúdio 9 do CDT foi desocupado, enquanto o estúdio 10 ainda cheira a tinta e tem até piscina. Só a manutenção da emissora tem a chave de acesso a ele. Peraí… outro reality de confinamento? Tá de sacanagem, Boninho?
E, como se não bastasse isso, condoída com o êxito absoluto de Força de Mulher na Record, a atual gestão mostra mais uma vez seu desprezo pelas novelas mexicanas, que outrora foram consideradas tábua de salvação do Sistema. Pois, segundo João Paulo Dell Santo, de quem já republiquei algumas colunas no tempo do velho RD1 e, hoje, está no NaTelinha, o SBT quer trazer uma novela turca pra grade. À tarde? Não, provavelmente à noite, entre o SBT Brasil e a insossa A Caverna Encantada. E pior: tudo conspira para que, em abril, A Usurpadora seja reprisada no horário da tarde, às 13h45.
Ou seja, se por um lado, a chegada de Boninho ao SBT está virando tudo de pernas pro ar, do outro, a gestão insiste no erro crasso de desprezar o seu principal produto, a joia da coroa da grade diária. As novelas mexicanas são o plano B de Daniela (ou plano D, nesse caso) para um possível fracasso de negociação envolvendo os direitos das turcas.
Mas aqui concordo com Dell Santo: é um equívoco completo mandar um produto forte e coeso como A Usurpadora pro começo das tardes. E mais ainda que as novelas mexicanas permaneçam onde estão, entregando para o Fofocalizando (que deveria ter ido pras manhãs, tirando espaço do Marcão Sem Povo) e para o Tá Na Hora, que é, atualmente, o maior fracasso do planejamento 2024-25 da gestão Daniela Beyruti.
Então, eu pergunto: foi uma boa ideia renovar o contrato de exclusividade em TV aberta com a Televisa pra tratar o principal produto de exportação deles como vem tratando ao longo dos anos? E eu respondo: evidente que não. Não fosse o fato de Dona Íris escrever somente novelas “familiares” ao invés de fazer como fez em Revelação, por exemplo, e também não fosse o fato da própria Daniela se equivocar por completo no desenho de grade que fez ano passado, talvez o SBT tivesse melhores resultados ao longo desse ano.
Podem escrever: se Boninho não fizer um brilhante trabalho, ele rodará. Igualzinho às novelas mexicanas. Aguardemos os próximos capítulos.