O SBT FALIU [23º capítulo]: "Vem pra cá...cete!"
Depois de uma looooooonga pausa nas transmissões, voltamos à toda com mais um eletrizante capítulo da sua novela-reality...
=========
Patrocínio: Cerveja Cu-Cará-Cha. Colocamos o "Cha" na frente pra evitar processos da Caracu. (😃😀😁😄😆😂😅)
=========
No capítulo anterior: este despretensioso blog deu seu diagnóstico em relação ao Sistema Brasileiro de Televisão, vulgarmente conhecido como SBT. Levando esse diagnóstico em consideração, fazem sentido os fatos relatados a seguir.
Pois bem, a nova sandice do lugar-tenente da Anhanguera (lê-se Silvio Santos) se mostrou o 43º tiro no pé do mesmo só essa década. Vocês sabem perfeitamente que qualquer programa que tem o DNA do dono da emissora nunca dá certo e, se dá, é porque as "concorrentes" não colocam algo melhor na faixa horária (ou seja, o Sistema ganha na cagada).
Dito isso, falemos do velho programa das manhãs do SBT. Sim, velho, porque de novo não tem absolutamente nada. O título já deixa claro quem é que idealizou a atração: Vem Pra Cá. Já no começo do programa de "estreia", uma citação diretíssima ao Mais Você, atração global há muito estabilizada no horário que se transmite o Vem Pra Cá.
E vocês repararam que o Gabriel Cartolano (o homem-sorriso do famigerado Fofocalizando) só teve um momento de destaque nesse quadro de abertura? Sim, porque se ele faz algo a mais ali, ele volta a dar expediente no SBT só à tarde. Mas é preciso abrir um parêntesis pra explicar o porquê depois.
Afinal, o Vem Pra Cá não foi criado para dar retorno comercial. Se fosse por esse critério, Silvio teria um grave rompante de senso do ridículo (que ele não conhece e, se conhece, o perdeu há alguns anos) e aprovaria o formato em 100%, isto é, incluindo Ticiana Villas Boas e Ivan Moré. Mas isso não aconteceu e breve vocês saberão porquê.
Ticiana, que sempre esteve relegada a programas de cozinha, já havia convencido ao marido, Joesley Batista (aquele), que suas empresas patrocinassem a atração; assim, o retorno comercial estava garantido. Estava, mas Silvio não quis nem Ticiana e nem Ivan à frente da atração e ela, sabiamente, foi negociar um programa com a Band, onde conseguiu o bilhete azul de retorno e a volta ao Morumbi já é dada como certa.
E agora temos o porquê de tudo isso: pra fazer com que o Vem Pra Cá atinja seu objetivo maior, que é massagear o ego da Paty. É isso mesmo. A filha birrenta de Silvio não engoliu a seco a história de ter perdido a equipe de produção do Topa Ou Não Topa e não quis mais continuar relegada a esposa do Ministro das Comunicações do país... não, ela queria mais.
Todo pai de menina que se preze uma hora ou outra atende aos desejos dela com ou sem pressão da própria esposa. Pois bem: a Paty queria uma casa de bonecas pra poder fazer o mesmo que Silvinha Mi-mi-mi, sua irmã, faz, que é usar seus funcionários como bonecas. Silvio resolveu a questão mandando transformar a cabana do Bake Off em casa da Barbie.
A Paty queria uma planta pra chamar de sua. Silvio, que diz gostar do Cartolano, mandou chamá-lo pra entrar num vaso de plantas e apresentar um quadro de botânica no programa. Aí a Paty queria liberdade pra falar tudo o que desse na telha. Conseguiu, interrompendo tudo e todos quando quis.
Resultado: primeira derrota para a Record das 9h30 às 11h, horário em que Paty se propôs a brincar com a cara dos telespectadores, que durante uma hora e meia conseguiram azedar ainda mais o gosto da própria língua, já amarga com o "noticialesco policiário" do Primeiro Impacto de Dudu e Marcão.
E o Silvio gosta de porcarias, tanto que, se tivesse metido o louco quando deixou por um dia no ar Telefone e Ganhe de sua musa Helen, teria extinto o Fofocando antes de fazê-lo beber da fórmula dos Mutantes de Tiago Santiago. Não tá nem aí pro retorno comercial, pois acha que somente seu conglomerado poderá bancar mais essa infeliz atração.
Enquanto isso, as únicas atrações que dão retorno, a saber, as novelas mexicanas, estão escanteadas no horário da tarde. Muitos colunistas têm dito que o povo desse horário gosta das tramas... Não! É o grupete que, quando chama a Globo de "Globolixo" e se depara com Datena, Bacci e Sikêra no mesmo horário (fora os canais pequenos com horários alugados para Igrejas e a Cultura com desenhos que agridem nossa inteligência), não tendo pra onde correr, assiste o SBT a essa hora. E nesse grupete não se incluem, obviamente, os fãs das mexicanas.
Não satisfeito, Silvio ainda programa as reprises do Conexão Repórter para as madrugadas do Sistema. E aí alguém vai perguntar: "Peraí, o Cabrini não foi pra Record?" Foi, tanto que vai assumir o Repórter Record Investigação no lugar de Adriana Araújo, que não aguentou mais continuar trabalhando para uma emissora puxa-saco do governo (e não chapa-branca, porque só seria chapa-branca se fosse neutra) e pediu as contas.
Vocês duvidam ainda que o SBT Faliu? Então aguardem os próximos capítulos!
Como diria (se me permita escrever um palavrão para olhos e ouvidos SBTistas) Bóris Casoy: "Isso... é... uma... vergonha". Essa emissora parece o "Samba de uma Nota Só", quer dizer, televisão de um espectador só, isso é um sinal evidente de que já está caminhando a passos largos para a sepultura. A sigla SBT merecia ganhar um novo significado às vésperas de completar 40 anos: Silvio Brincando de Televisão. Não se toca nem pra essa segunda onda da pandemia, onde poderia revestir a programação inteira com um monte de enlatados 24 horas por dia e deixar seus artistas em sobreaviso. Esse programa matinal já começou não dando certo, nasceu com formato fracassado e ainda bate na tecla dessas brincadeirinhas via telefone que não colam mais nos tempos de hoje (e como desejar a volta do Fantasia). Hoje cada pessoa tem um smart-phone em mãos (e fazem uma porção de coisas como assistir TV, mandar mensagens e vídeo-chamaras, ouvir música, ver filmes e séries via streaming, etc) e não usam mais telefones fixos, que virou "privilégio" de assinantes de TV por assinatura. Acha que o Baú da Felicidade, a Tele Sena e a Jequiti ainda são uma Brastemp da vida, essa Coca-Cola toda e capazes de fazer a Nestlé tirar a reserva de inserções e pedir o dinheiro de volta. Sua análise do fim-de-tarde é inteligente, porque de fato não tem nada pra ver na TV aberta, o jeito é engolir esses melodramas mariachis como última opção (isso pra quem não tem TV por assinatura). E se a Adriana Araújo (eu a considero uma boa jornalista de TV) deixou aquela emissora de placa de igreja, não seria hora do SBT acolhê-la para comandar os "noticiosos Cartoon Network" da casa e fazer dela uma nova "heroína da notícia"? Isso porque o Abravanel adora acolher "fenômenos da mídia" em seu reduto familiar. Isso merece um capítulo à parte.
ResponderExcluirQuer dizer, o samba de um dono só, né?
Excluir