O desespero da Vênus Platinada

A situação tá feia, mas tende a piorar
A Globo está realmente desesperada. Há muitos fatores que poderiam ser a maior causa da crise atual da emissora. A peleia com Bolsonaro, que se depender do genro de Silvio Santos deve chegar ao fim, pode ter sido um desses fatores. O COVID-19 pode ser considerado outro fator. Mas a principal causa desse perrengue atende pelo nome de Uma Só Globo. Sim, um projeto mal-planejado, e essa falta de estratégia em implantar uma ideia que já nasceu pra dar errado está conseguindo manter Carlos Henrique Schroeder em nossa memória de 2014 pra trás, quando ele era só diretor de jornalismo da casa.

E esse projeto totalmente mal-planejado, que consiste em tentar "unir" todos os tentáculos do Grupo Globo de algum jeito, usando apenas a marca Globo. O porém é que muitos erros têm sido cometidos de lá pra cá. Um deles, que já abordei por diversas vezes no Twitter e virou o 3º Vai Sair Pedrada em meu canal no YouTube, é a exclusão de canais que preservam a memória da televisão nacional. E infelizmente as "concorrentes" da Globo estão seguindo os mesmos passos da líder nisso também.

O outro refere-se ao futebol, diretamente ligado à guerra com Bolsonaro. Desde que a famigerada MP 984 foi aprovada (todavia ainda não virou lei e, se virou, a mídia não cobriu), o Flamengo lutou até o fim pra transmitir por outra emissora ou pela FlaTV qualquer jogo do Carioca, acabando assim com a exclusividade (ou monopólio) da Globo no campeonato. Quando conseguiu, a Globo rescindiu o contrato com a FERJ e os clubes. Agora, devolveu à Conmebol os direitos de transmissão da Libertadores.

Só não dá pra entender porque a Globo não fez o mesmo furdúncio com o Brasileirão. Vide que a Turner (lê-se Esporte Interativo) já tem contrato com 8 dos 20 clubes, a Globo não quer perder o monopólio das transmissões pela 2ª vez seguida. Então, está reforçando suas fortalezas em torno dos acordos com os outros 12 clubes (incluindo-se aí o Flamengo) e quer impedir com seu antiquadíssimo modus operandi que a Turner transmita qualquer jogo que envolva qualquer time acordado com a Globo com os times da Turner.

Mais recentemente, o Red Bull Bragantino fechou acordo com a Globo, submetendo-se, portanto, ao retrógrado pensamento de não associar marcas a clubes nas transmissões globais. Pra Globo, será só Bragantino. Ou RB Bragantino (lembram-se quando o Red Bull era chamado de RB Brasil?).

Por último, mas não menos importante: reforçar o Globoplay com novelas clássicas e séries de repercussão mundial não vai mudar em nada a pífia qualidade da plataforma. Se apenas o primeiro capítulo de cada produção ficcional do Globoplay fosse liberado para os assinantes, até teria algum retorno, mas pra querer disputar com a Netflix, os executivos do Globoplay vão ter que aprender a comer arroz com feijão, porque até o caviar anda escasso no Projac.

Comentários

  1. A birra Global com o JB fez a emissora se enveredar para o "lado esquerdo" da coisa a ponto de ceder qualquer tipo de pressão da militância LGBT e se transformar numa trincheira ideológica. Numa dessas é capaz de fazer um Jornal Nacional Especial com uma longa entrevista com aquele "molusco dos 4 dedos" e se ele sair candidato em 2022, ela apoia abertamente e é capaz de fraudar as eleições pra ele voltar na marra pra nunca mais sair. Quanto ao futebol, se o Flamengo está mudando as regras do jogo afastando a Globo quando seu time entra em campo, os outros times deveriam se espelhar no rubro-negro do que continuarem escravos da emissora-líder com esse "monopólio retrógrado" abençoado pela CBF (que merecia sofrer intervenção do Governo Federal quanto ao abuso de poder exercido nos contratos Globais, coisa que deixaria o CADE de cabelo em pé). Como a Globo continua parada nos anos 2000 quando negocia campeonatos de futebol, a solução é continuar arrebanhando o "rival" do Fla, o Corinthians, que adora de autopromover graças a cumplicidade de uma mídia chapa-branca em São Paulo enfestada de torcedores disfarçados de jornalistas que implicitamente incutem na mente do povão esse "ar de superioridade" do alvi-negro, menosprezando desvairadamente os adeptos dos seus maiores rivais, acreditando cegamente que sempre será o "maior time do mundo" (pode não ser dentro de campo, mas moralmente... é). Esse hiper-estimado e prepotente time paulista se deixa a permitir que TODOS os seus jogos na temporada (não importa a competição) seja transmitidos ao vivo em sinal aberto em TV aberta com a certeza de receber cotas polpudas pra gastar o que não tem pra contratar jogador do exterior, pois sabe que a maioria de sua torcida (não tão grande quanto a do seu Flamengo, embora a Fiel insista em dizer que é a maior torcida do mundo") é composta por desempregados, gente mal-remunerada que mal consegue pagar uma TV por assinatura ou uma plataforma digital e os jogos do auto-aclamado "Coringão" são exibidos de graça e em cima disso há a ganância pelo IBOPE mais alto por parte da Globo e da obsessão do clube em ser "campeão de tudo" por milhões e milhões de anos seguidos, colocando jogadores e comissão técnica na condição de "deuses". Escrevo isso porque tenho trauma da mídia esportiva paulista e dessa prepotência clubística promovida por esse nicho que só cresce, só cresce. Pode ser uma minoria num lugar remoto, mas irriquieta e barulhenta. Por isso que parei de torcer para o São Paulo para não ser alvo desse bullying e o trauma se intensificar ainda mais a ponto de maus pensamentos subirem a minha mente. E outra coisa, com essa mentalidade parada no tempo de esquema de televisionamento, o prejuízo do Corinthians é bem maior que a do Flamengo: R$ 500 milhões contra R$ 28 milhões.

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  2. No primeiro caso, o "molusco dos 4 dedos" é que não quer saber da Globo. Ele acha que a Globo censura o PT (ela faz isso desde 89, mas acho que o Lula não se lembra devido à idade [kkkkkkkk]). E quanto ao futebol, a mídia esportiva paulista vai ficar só aporrinhando os times de fora de SP mesmo. Nem adianta insistir nesse assunto.

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