Ilha Record... ou No Limite Versão IURD

E ainda tem gente que reclama de reprise de novela...


Alguém aí se lembra de quando a RecordTV, na sanha incessante de querer fazer o mesmo que a Globo fazia, era chamada de Recópia? Pois é, chegou o dia de fazer o apelido pegar de novo.

Hoje será a estreia do puro suco de reality da TV brasileira: o Ilha Record. Sim, este formato genuinamente IURDiano começa hoje e termina, provavelmente, quando terminarem de escalar o elenco da nova Fazenda. Se não conseguirem preencher as cotas possíveis, 70% dos "ilhados" podem vir a ser os escolhidos pra passar uma temporada na vida "agitada" do interior.

Recapitulemos os bastidores do reality. Antes era pra ser A Ilha. Depois, iam chamar de Ilha dos Famosos. Até aí, já haviam tirado a Sabrina da geladeira e entregado o comando do formato pra ela. Mas aí, como viram que seria repetitivo demais ou nada criativo, rebatizaram o reality como... Ilha Record. É nítida a falta de criatividade, mas é justo, não? Afinal, se o formato é deles, não pegaria bem a RecordTV chamando o reality de Ilha Globo. Soaria estranho pra caramba.

Quanto à seleção dos "famosos", os mais conhecidos são: Dinei, o ex-craque do Corinthians que é uma mistura de Neto, Edílson e Vampeta com 100% mais marra; Pyong Lee, que não pode ver um reality dando sopa que ele já quer entrar; Nadja Pessoa, que só se iguala à Anitta no número de polêmicas; e Valesca Popozuda, de quem não se precisa falar muito, pois só o nome dela faz lembrar muita coisa.

A Ilha Record promete porque, provavelmente, será o primeiro reality da história da nossa TV a não ter eliminados em todo o curso do programa. O BBB entregou muito bem quando criou paredões falsos, mas são poucos os beneficiados com esse recurso. Já a Ilha Record exila os "eliminados" numa caverna e eles poderão assistir a tudo o que os outros falam deles.

E tem mais: eles voltam à ilha com sede de vingança, dependendo do que falarem deles. Ou fazem como a Carla Diaz, que saiu do BBB passado depois de passar por um paredão falso e voltar pedindo perdão ao Arthur, à época considerado um "Chernoboy", termo usado para homens considerados tóxicos.

Mas nem sempre um programa que promete muito cumpre na hora. Teve beijo lésbico, sim (embora fosse beijo técnico), só que se vai passar na TV é outros 500. Se acontecer da censura da Igreja Universal deixar tal beijo ser exibido, será uma vitória a mais pros LGBTQIA+.

Até agora, a Ilha Record só nos entregou um fato relevante: o divórcio do Pyong, pedido por Sammy depois que soube que a ex-BBB 4 Antonela (a quem, confesso, eu seguia até certo tempo atrás) deu um "agarro" no seu marido na cama. Em sua defesa, o hipnólogo disse que estava aplicando sua arte pra tirar a insônia da loira. Isso aqui fora tem outro nome: traição mágica.

Bem, vale a pena assistir? A meu ver, não. Parece que vai cumprir menos que o Power Couple, recentemente terminado. Quem ganhou? Não sei, mas a verdadeira campeã deveria ser a Medrado, eliminada já nas primeiras semanas do reality. Ou a Dany Hipólito, que saiu do Power Couple com vaga de comentarista já garantida na Globo.

Mas, se você quiser ir contra minha opinião e já tá cansado de assistir reprises de novela, tente ficar acordado até 22h45, hora em que supostamente começa o reality. Quando acabar, quem sabe... eu faça uma análise sobre. Só que eu não fiz uma análise mais profunda dos demais realities, então não espere muito que eu faça desse. A quem assistir, boa sorte.

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