NOVA MINISSÉRIE-REALITY: "O Direito de Transmitir" (episódio piloto)
Esta minissérie condiz com a realidade, mas as pessoas envolvidas foram transformadas em personagem para a confecção da obra. Ou seja, qualquer semelhança com os fatos já publicados não é mera coincidência.
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Valor, qual é o valor pelo direito de exibir? Valor, qual é o valor do direito à transmitir?Com esses versos da trilha de abertura, a Rede Gregório de Comunicação abre, dentro do TVer Ou Não TVer o seu segundo horário dramatúrgico. Com vocês, a mais nova série brasileira, escrita por Roberto Irineu Marinho, com colaboração de José Roberto Maciel, Walter Abrahão Filho, João Saad Jr. e Renato Cardoso, com a supervisão de texto, produção executiva e direção artística de Gian Carlos. No ar...
A minissérie começa em meados de 2020, quando o Campeonato Carioca terminou e Irineu (Roberto Irineu Marinho), sócio-proprietário dos Biscoitos Globo, resolve abrir mão de tudo quanto é esporte. Com isso, as únicas coisas que ficam em mãos do biscoiteiro é o futebol capenga do Brasileirão (e põe capenga nisso), os jogos da Seleção Brasileira em casa, a Sul-Americana e o Mundial de Clubes (quando tiver algum brasileiro envolvido), e alguns outros jogos não relacionados previamente.
Tudo porque o Flamengo resolveu transmitir os jogos do clube em sua própria emissora, a FlaTV. Aí o Irineu ficou puto: comprou briga com a FERJ (Federação de Futebol do Rio), ameaçou em não pagar o dinheiro devido aos clubes, abriu mão dos direitos de transmissão do campeonato... e o resto já foi dito acima. Com a desculpa esfarrapada de falta de dinheiro, já que consegue faturar até R$ 1 bi em 30 segundos de comercial no horário nobre, os Biscoitos Globo deram pra trás e devolveram à CONMEBOL os direitos de transmissão da Libertadores.
Sabendo disso, JR (José Roberto Maciel), chefe de operações do BST (Sistema Bipolar de Televisão, com a sigla assim mesmo) vai atrás e, com R$ 15 mi na carteira, seduz a CONMEBOL e leva a Libertadores pra cama da Anhanguera. Na final do torneio, já em 2021, a estocada, o golpe final, o tiro de misericórdia: 26 x 12... em São Paulo. No Rio os Biscoitos ainda mandam no mercado. JR também pleiteou o Campeonato Carioca, depois do Fla-Flu que rendeu comentários no meio de 2020.
Dias mais tarde, aparece o célebre desconhecido Valtinho (Walter Abrahão Filho), dono da WA, retífica de motores batizada com a sigla do grande narrador Walter Abrahão. A Retífica WA consegue 56 jogos das eliminatórias para transmissão na TV fechada. E o Irineu, que não é bobo nem nada, resolve passar a perna em Johnny (João Saad Jr.), dono da Bandeirantes, uma fábrica de brinquedos, e convence a Retífica WA a fazer uma parceria com os Biscoitos Globo, pra garantir a exibição em TV aberta.
Mas Johnny não se faz de rogado: tira a Fórmula 1 e a Stock Car das mãos de Irineu e contrata uma seleta equipe conhecedora do assunto para transmitir os dois torneios pela Bandeirantes já em 2021. Enquanto isso, a FERJ lança mão de um documento que golpeia JR pelas costas: Univer (Renato Cardoso), diretor-geral da Editora Record, compra os direitos de transmissão do Campeonato Carioca. Por R$ 11 mi!
E agora? Quais serão os próximos passos dos executivos? Aguardemos os próximos capítulos.
Hmmm, interessante! Essa novela merecia uma locação na Suíça, já que os próximos capítulos deveriam ser ambientado por lá, já que os biscoitos Globo foi processada pela Justiça de lá acusada de não estar rigorosamente em dia com os pagamentos das mensalidades do Carnê da FIFA/Goal de Felicidade. E a desculpa esfarrapada foi a pandemia do "velho" Coronavírus (tá tão repetitivo essa abordagem da Covid-19 que disparei a tirada). Como a morosidade jurídica é de dar inveja a uma família de tartarugas (isso em qualquer país!), o JR do Sistema Brinquedo de Televisão (essa pode ser a sigla mais coerente para tal) precisa estar de olho porque, se a Editora Record tem birra do tal Carnê desde quando foi quase expulsa da França em 98 (e desperdiçou depois a chance de assistir a conquista penta em 2002 no outro lado do mundo, sob alegação de que arruinaria o plano da Univer em ter o monopólio da Bíblia Sagrada) e o Mr. Johnny com uma mão na frente e outra atrás (o que levou a recusar uma excursão para a Rússia em 2018), pode por exclusão garantir uma viagem exclusiva para o Catar no final de 2022. Pra isso precisa mandar aquele Pelego para uma viagem com tudo pago para os alpes suíços quando marcarem o dia da audiência e já fazer contatos com o superior do empreendimento Gianni Infantino. Se os Biscoitos Globo forem condenados por calote milionário, é só o BST fazer o cheque e pronto.
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